Carta ao Presidente

O concurso de Redação da Universidade Geraldo di Biase (UGB) do ano de 2010 teve como tema: "Tendo em vista o momento atual de eleição para a sucessão presidencial, escreva uma carta argumentativa para o presidente que expresse o que considera mais importante e urgente para a política nacional e, consequentemente, para o povo brasileiro"
Fui premiado com o 2º lugar e divulgarei a seguir meu texto:

Barra do Piraí, 25 de outubro de 2010.

Excelentíssimo Sr. Presidente da República

É com grande pesar que escrevo esta carta, pois apesar de alguns avanços notados, grande parte deles conquistados com a colaboração de Vossa Excelência, ainda percebo um saldo negativo e uma grande lacuna que separa o Brasil de um modelo de país desenvolvido.

A criação de programas como o Bolsa Família e o Fome Zero fez nascer uma geração de pessoas dependentes do Estado. Existe uma parcela da população que precisa de auxílio, mas políticas paternalistas como estas fazem o povo brasileiro economicamente carente pensar que está no colo de Vossa Excelência. Por que não gerar empregos e fazer com que essas pessoas tirem seu sustento de forma digna?

Há de ser elogiada a criação do PROUNI (Programa Universidade para todos) que tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais. Não há como existir o desenvolvimento de uma nação sem que se invista, prioritariamente, em educação. Mas não posso deixar de fazer uma nota contraditória: o investimento deve começar desde os níveis básicos de ensino, ou seja, Fundamental e Médio até, por fim, chegar no Ensino Superior. Volto a ressaltar à Vossa Excelência que não há como o Brasil sair de uma posição de subdesenvolvimento, enquanto problemas como a marginalidade, a criminalidade e a pseudo-democracia não forem superados. E tais problemas estão intimamente ligados à ausência de uma Educação Básica de qualidade.

Convenhamos, Vossa Excelêcia: faltam vontade e ação políticas. Já não é tempo de os nossos governantes se empenharem pela nossa nação? As iniciativas mencionadas foram apenas duas de várias outras implantadas em nosso país, que com um pouco mais de planejamento e boa vontade poderiam sanar ou, pelo menos, diminuir os problemas que nos perseguem há anos.

Espero que Vossa Excelência não se sinta constrangido com a forma como tratei os assuntos acima, mas use esta carta como uma forma de refletir sobre como caminha o governo e, se achar necessário, tomar as providências cabíveis.

Sendo o que me apraz no momento.

Atenciosamente,

George Romano